O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de volatilidade. Os preços ficaram mistos, considerando os diferentes momentos dos negócios ao longo da quarta-feira (7).
Conforme analistas de Safras & Mercado, com os portos lotados, há pouco espaço para negócios em junho. As ofertas ficam com pagamento para o mês seguinte. Os melhores preços observados para a soja disponível são para julho e agosto.
Veja as cotações da saca de soja
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 134 para R$ 133
- Região das Missões: baixou de R$ 133 para R$ 132
- Porto de Rio Grande: subiu de R$ 139 para R$ 140
- Cascavel (PR): seguiu em R$ 125
- Porto de Paranaguá (PR): ficou em R$ 135
- Rondonópolis (MT): subiu de R$ 114 para R$ 115
- Dourados (MS): recuou de R$ 120 para R$ 119,50
- Rio Verde (GO): ficou estável em R$ 113,50
- Preço da soja disponível em MT está no menor patamar em relação aos últimos três anos
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços predominantemente mais baixos para o grão, farelo e o óleo. A sessão foi bastante volátil desde o início da manhã, com o grão oscilando entre os territórios positivo e negativo.
A falta de notícias positivas à oleaginosa deixou os investidores em cima do muro. O petróleo continua com boa alta, trazendo suporte aos contratos mais próximos. Os mais distantes, porém, operam no vermelho.
O mercado espera pelo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA), que será divulgado na próxima sexta-feira (9), às 13h.
Analistas consultados pela Dow Jones esperam que o documento indique a produção de soja do país em 4,505 bilhões de bushels. Em maio, foram estimados 4,51 bilhões. Em 2022, os EUA produziram 4,276 bilhões de bushels.
Estoques norte-americanos
Os estoques estadunidenses ao final da temporada 2022/23 são esperados em 223 milhões de bushels, contra 215 milhões em maio. As estimativas variam de 204 a 255 milhões de bushels.
Para a temporada 2023/24, a expectativa é de 336 milhões de bushels. As estimativas variam de 269 a 375 milhões de bushels. Em maio, o USDA indicou 335 milhões de bushels.
Já a nível global, o mercado projeta os estoques globais ao final da temporada 2022/23 em 100,4 milhões de toneladas, contra 101 milhões em maio. As estimativas variam de 97 a 103,3 milhões de toneladas.
Para a temporada 2023/24, a expectativa é de 121 milhões de toneladas. As estimativas variam de 115 a 124,8 milhões de toneladas. Em maio, o USDA indicou 122,5 milhões de toneladas.
Contratos do grão, farelo e óleo
Os contratos da soja em grão com entrega em julho de 2023 fecharam com alta de 7,50 centavos de dólar por bushel ou 0,55% a US$ 13,60 3/4 por bushel. A posição agosto/23 teve cotação de US$ 12,67 1/4 por bushel, com ganho de 1,50 centavo ou 0,11%.
Nos subprodutos, a posição julho/23 do farelo fechou com alta de US$ 8,50 ou 2,14% a US$ 405,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 50,47 centavos de dólar, recuo de 0,45 centavo, ou 0,88% em relação ao fechamento anterior.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,26%, sendo negociado a R$ 4,9250 para venda e a R$ 4,9230 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9000 e a máxima de R$ 4,9310.