FECHAMENTO DE MERCADO

Melhores preços para a soja disponível são para julho e agosto

Contratos futuros da soja negociados em Chicago fecharam com preços predominantemente mais baixos para o grão, farelo e óleo

O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de volatilidade. Os preços ficaram mistos, considerando os diferentes momentos dos negócios ao longo da quarta-feira (7).

Conforme analistas de Safras & Mercado, com os portos lotados, há pouco espaço para negócios em  junho. As ofertas ficam com pagamento para o mês seguinte. Os melhores preços observados para a soja disponível são para julho e agosto.

Veja as cotações da saca de soja

Soja em Chicago

soja
Foto: Divulgação

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços predominantemente mais baixos para o grão, farelo e o óleo. A sessão foi bastante volátil desde o início da manhã, com o grão oscilando entre os territórios positivo e negativo.

A falta de notícias positivas à oleaginosa deixou os investidores em cima do muro. O petróleo continua com boa alta, trazendo suporte aos contratos mais próximos. Os mais distantes, porém, operam no vermelho.

O mercado espera pelo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA), que será divulgado na próxima sexta-feira (9), às 13h.

Analistas consultados pela Dow Jones esperam que o documento indique a produção de soja do país em 4,505 bilhões de bushels. Em maio, foram estimados 4,51 bilhões. Em 2022, os EUA produziram 4,276 bilhões de bushels.

Estoques norte-americanos

Os estoques estadunidenses ao final da temporada 2022/23 são esperados em 223 milhões de bushels, contra 215 milhões em maio. As estimativas variam de 204 a 255 milhões de bushels.

Para a temporada 2023/24, a expectativa é de 336 milhões de bushels. As estimativas variam de 269 a 375 milhões de bushels. Em maio, o USDA indicou 335 milhões de bushels.

Já a nível global, o mercado projeta os estoques globais ao final da temporada 2022/23 em 100,4 milhões de toneladas, contra 101 milhões em maio. As estimativas variam de 97 a 103,3 milhões de toneladas.

Para a temporada 2023/24, a expectativa é de 121 milhões de toneladas. As estimativas variam de 115 a 124,8 milhões de toneladas. Em maio, o USDA indicou 122,5 milhões de toneladas.

Contratos do grão, farelo e óleo

soja e óleo, biodiesel
Óleo e grão de soja. Foto: Envato

Os contratos da soja em grão com entrega em julho de 2023 fecharam com alta de 7,50 centavos de dólar por bushel ou 0,55% a US$ 13,60 3/4 por bushel. A posição agosto/23 teve cotação de US$ 12,67 1/4 por bushel, com ganho de 1,50 centavo ou 0,11%.

Nos subprodutos, a posição julho/23 do farelo fechou com alta de US$ 8,50 ou 2,14% a US$ 405,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 50,47 centavos de dólar, recuo de 0,45 centavo, ou 0,88% em relação ao fechamento anterior.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,26%, sendo negociado a R$ 4,9250 para venda e a R$ 4,9230 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9000 e a máxima de R$ 4,9310.