Uma reunião realizada no Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), em Brasília, no gabinete do ministro Paulo Teixeira, teve como foco a discussão do Grupo de Trabalho do Leite (GT do Leite), que abordou questões relacionadas à cadeia do leite no Brasil, englobando temas como preços, produção e logística.
Participaram do encontro a secretária de Agricultura Familiar e Agroecologia do MDA, Patrícia Vasconcelos Lima, o secretário da Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do MDA, Milton José Fornazieri, além de membros de entidades do setor, como Abraleite, FPPL, CNA, OCB, Contag, Unicafes e Embrapa Gado de Leite.
Em pauta, esteve a situação das importações provenientes do Mercosul (especificamente da Argentina e do Uruguai), que a Abraleite considerou serem “predatórias”. Conforme a entidade, desde agosto de 2022, as importações têm aumentado significativamente, alcançando recordes a cada mês desde março deste ano. O setor diz que tal cenário tem prejudicado a cadeia produtiva do leite, provocando a inviabilização de milhares de pequenos produtores, cooperativas e laticínios.
No país, a produção de leite é realizada em 99% dos municípios brasileiros.
Durante os debates, que contaram com Geraldo Borges, presidente da Abraleite, foram discutidas maneiras de frear as importações e de viabilizar compras governamentais de leite produzido no Brasil, como medidas emergenciais de curto prazo. Além disso, foram abordadas outras ações de médio e longo prazo para uma melhor estruturação da cadeia produtiva.
Segundo a Abraleite, “há uma expectativa de que o governo federal aja de maneira emergencial pela necessidade de solução urgente”.
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