LEVANTAMENTO

Clima impacta preços de frutas e hortaliças no atacado

Inverno tem deixado sua marca nos preços das principais frutas e hortaliças comercializadas nos principais mercados atacadistas do Brasil

O inverno tem deixado sua marca nos preços das principais frutas e hortaliças comercializadas nos principais mercados atacadistas do Brasil.

De acordo com o 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a demanda e a oferta de produtos foram afetadas pelas baixas temperaturas, resultando em quedas nos preços de alguns itens, enquanto outros registraram aumento.

No mês passado, as cotações para alface, cenoura e tomate apresentaram quedas significativas.

O comportamento normal para esta época do ano é uma redução na demanda devido às temperaturas mais baixas, o que resultou em uma diminuição da procura por essas hortaliças.

A alface foi a mais afetada, registrando uma queda acentuada de 26,7% na Central de Abastecimento (Ceasa) de Goiânia.

Por outro lado, cenoura e tomate tiveram suas ofertas controladas, o que não impediu a redução nos preços.

Com o frio persistente, o desenvolvimento desses produtos tende a ser mais lento, podendo gerar pressão de alta nos preços em julho.

As frutas também sentiram o impacto das baixas temperaturas, resultando em menor demanda e, consequentemente, preços mais baixos.

Laranja, mamão e melancia tiveram suas cotações afetadas.

A Ceasa de Goiânia registrou a maior queda de preço para o mamão, com uma redução de 33,99%.

Além de reduzir a procura dos consumidores, o frio também influenciou a oferta, seja por meio do controle da quantidade de produto no mercado ou pela questão da qualidade dos itens disponíveis.

Em contrapartida, batata e maçã tiveram seus preços médios em alta.

A menor entrada de batatas nos mercados atacadistas justifica o aumento dos preços.

No caso das maçãs, mesmo com uma diminuição na demanda devido ao frio, às férias escolares e às festividades juninas em junho, as cotações aumentaram devido ao controle de oferta das companhias classificadoras, que utilizam câmaras frias para prolongar a conservação da fruta.

Banana e cebola mantiveram-se dentro de uma estabilidade de preços na média ponderada, registrando pequenas variações.