MERCADO

Produção recorde de trigo reduz 'dependência' do Brasil

A produção recorde de trigo no país na última safra levou a uma redução de 35% na importação do cereal no primeiro semestre deste ano

A safra recorde de trigo colhida no Brasil no último ano impactou positivamente as importações do cereal no país.

De acordo com o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 14 a 20 de julho, a produção recorde de trigo levou a uma significativa redução de 35% nas importações do grão no primeiro semestre de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022.

Os técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), foram responsáveis pela preparação do documento que revela que as importações brasileiras totalizaram 2,1 milhões de toneladas, representando uma diminuição considerável em relação às 3,2 milhões de toneladas importadas no primeiro semestre do ano anterior.

Destaca-se que o estado do Paraná, um dos principais produtores de trigo no país, alcançou um equilíbrio quase perfeito entre exportações e importações, com vendas externas superando as compras internacionais em apenas 3 mil toneladas.

O desempenho evidencia a priorização do atendimento ao mercado interno por parte do estado, que colheu impressionantes 3,5 milhões de toneladas do grão em 2022.

Os números nacionais foram extraídos do Agrostat, uma base de dados online que oferece uma visão detalhada das exportações e importações agrícolas.

Com uma produção total de 10,6 milhões de toneladas de trigo no ano passado, o Brasil conseguiu exportar 2,1 milhões de toneladas para o exterior, alcançando o terceiro maior volume já exportado pelo país em um primeiro semestre.

O otimismo em relação ao setor triticultor permanece para o restante de 2023.

A colheita da safra paranaense de trigo deste ano, prevista para atingir 4,5 milhões de toneladas, representa um recorde histórico, e a expectativa é de manter em alta os números de exportação, contribuindo, ainda, para a redução dos volumes importados.

Esse cenário deverá ganhar ainda mais força a partir de setembro, quando a colheita deve se intensificar.