MERCADO

Boi gordo: estoques elevados afetam preços

Durante a última semana, o mercado físico de boi gordo continuou apresentando queda nos preços, devido à situação delicada da carne bovina

Durante a última semana, o mercado físico de boi gordo continuou apresentando queda nos preços, devido à situação delicada da carne bovina.

A demanda estava lenta, e muitas indústrias enfrentavam o desafio de lidar com estoques elevados, conforme destacado pelo analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias.

A dificuldade no mercado doméstico pode ser atribuída, em parte, à carne de frango, que segue com excesso de oferta, resultando em uma intensa queda nos preços tanto no atacado como no varejo.

A condição tem tornado a carne de frango altamente competitiva em comparação com a carne bovina.

Mesmo com escalas pouco confortáveis em diversas regiões do país, com uma média de quatro dias úteis, os fatores de demanda impedem qualquer possibilidade de alta nos preços.

Queda nos preços da arroba do boi gordo

  • Em São Paulo, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 245, uma queda de 2% em relação à semana anterior.
  • Em Dourados (MS), a arroba recuou 2,08%, passando de R$ 240 para R$ 235 na modalidade a prazo.
  • Em Cuiabá (MT), a arroba retrocedeu 0,90%, de R$ 222 para R$ 220.
  • Já em Uberaba (MG), o preço a prazo foi cotado a R$ 240 por arroba, apresentando uma baixa de 4% em relação aos R$ 250 da última semana.
  • Em Goiânia (GO), a indicação foi de R$ 225, com uma queda de 4,26% em comparação aos R$ 235 da semana passada.

Como foi a semana no mercado atacadista?

carne
Carne. Foto: Divulgação

O mercado atacadista também registrou queda nos preços ao longo da semana.

O cenário aponta para a continuidade dessa tendência, uma vez que a reposição entre atacado e varejo apresenta-se mais lenta na segunda quinzena do mês.

A situação é agravada pela sobreoferta de carne de frango, que tem desestabilizado as proteínas concorrentes, principalmente a carne bovina.

  • O quarto do traseiro foi precificado a R$ 18,00 por quilo, uma redução de 3,23% em relação aos R$ 18,60 da semana passada.
  • Enquanto o quarto do dianteiro teve o preço precificado a R$ 14,00 por quilo, representando uma baixa de 2,78% frente aos R$ 14,40 registrados na semana anterior.

Exportação

Quanto às exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil, foram registrados US$ 370,242 milhões em julho (10 dias úteis), com média diária de US$ 37,024 milhões.

A quantidade total exportada chegou a 76,269 mil toneladas, com média diária de 7,662 mil toneladas.

O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.831,60.

Comparando com julho de 2022, houve uma queda de 29% no valor médio diário das exportações, uma perda de 3,7% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 26,2% no preço médio.