As últimas invasões promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram classificadas como ‘afronta’ pelo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS).
“São uma afronta à sociedade brasileira, ao agronegócio e ao governo federal. Inclusive, ao ministro Paulo Teixeira, ao ministro da Agricultura Favaro e ao próprio presidente da República, que já condenaram publicamente qualquer tipo de invasão”, diz Zucco.
Instalada no dia 17 de maio, a CPI tem como objetivo investigar as invasões de terras no país.
De acordo com o deputado, a comissão está recebendo requerimentos relacionados as últimas duas invasões.
Na segunda-feira (24), 600 famílias invadiram uma fazenda em Goiás.
No dia seguinte, 180 integrantes da organização ocuparam 500 hectares de uma propriedade rural em Pernambuco.
CPI do MST
Segundo Zucco, a CPI tem mostrado resultados efetivos, reduzindo o número de invasões e esclarecendo pontos sobre possíveis financiamentos.
“Lamentavelmente, vemos essas situações com desagrado e esperamos que não voltem a acontecer. Por isso, estamos trabalhando em legislações mais rígidas para punir os invasores. A partir da próxima segunda-feira, vamos retomar as atividades da CPI”.
O deputado defende a prorrogação da CPI por mais dois meses.
“Nosso objetivo é entregar à sociedade um resultado efetivo. Infelizmente, um líder do MST declarou que continuarão cometendo invasões, o que é um crime. Vamos ouvi-lo já na próxima semana. Faremos o mesmo com José Rainha e Stédile. Queremos entender e lidar com esse movimento, que se apresenta como defensor de reforma agrária, mas comete crimes”, afirma.