Apresentada para produtores nesta semana em um dia de campo de uma empresa de consultoria agronômica em Uruguaiana, a pesquisa está sendo feita em uma área de lavoura dividida em quatro partes (medindo 10mx20m cada). Para todas as áreas, o processo de comunicação entre a lavoura e o sistema computadorizado de controle das bombas de água é o mesmo.
Responsável pela área agronômica do projeto, a professora da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) Luciana Kopp explica que sensores ultrassônicos na lavoura identificam o nível de água em cada uma das partes e, via wireless, os dados são enviados para o sistema de controle, localizado em uma cabine ao lado da lavoura, que codifica as informações e adequa o volume de cada parte.
? Os arrozeiros trabalham com uma lâmina de água de sete centímetros. Aqui, temos uma parte com sete, outra com uma média de três centímetros, outra que mantém apenas o solo úmido e uma quarta com o arroz banhado. Semana que vem, iremos comparar os grãos em laboratório, mas a olho nu a lavoura com o solo apenas úmido tem o grão tão bem formado quanto o da lavoura tradicional. Nesta comparação que verificamos 70% de economia ? acrescenta.
Luciana acrescenta que o projeto, que ainda deve se estender por 24 meses, somente na safra 2011/2012 fará comparativos de produtividade entre as lavouras.
Agrônomo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) em Uruguaiana, Gustavo Hernandes comenta que a pesquisa é promissora, mas alerta:
? É preciso ter cuidados redobrados com plantas invasoras, mais propícias a aparecer nestas condições ? afirma.
O projeto é da AES SUL, com recursos do Programa de Eficiência Energética da Agencia Nacional de Energia Elétrica (R$ 250 mil), conduzido pela Unipampa.