No primeiro trimestre de 2023, o agronegócio registrou a participação de 28,1 milhões de pessoas em atividades relacionadas ao campo, o maior contingente de trabalhadores desde 2012.
A informação é da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que lançou o boletim “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro”, uma publicação inédita feita em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para analisar a população ocupada no setor a cada trimestre e a evolução do “estoque de empregos”, comparando com a série histórica já feita pelo Cepea desde 2012.
Apesar do aumento no número absoluto de trabalhadores, o agronegócio vem perdendo participação no total da força de trabalho do país, caindo de 29,2% em 2012 para 27% no ano atual.
O boletim analisa a conjuntura e estrutura do mercado de trabalho no agronegócio brasileiro, abordando os segmentos: insumos, produção primária, agroindústria e agrosserviços.
No 1º trimestre de 2023, o setor registrou 290,4 mil trabalhadores, aumento de 1% em relação ao 4º trimestre de 2022 e 0,9% em relação ao 1º tri/2022.
O destaque foi para o setor de agrosserviços, com crescimento de 6,7%.
A publicação também monitora o número de trabalhadores com produção própria, contando atualmente com 5,3 milhões de pessoas.
O perfil de mão de obra mostra crescimento de 6,1% de empregados com carteira assinada em relação ao 1º trimestre de 2022 e alta de 2,1% em comparação ao 4º trimestre de 2022.
No segmento feminino, houve aumento de 1,3% em relação a 2022 e 0,8% em relação ao último trimestre de 2022.
O salário médio no agronegócio registrou um aumento de 5,9% no período analisado, ligeiramente acima da média nacional. Os setores de insumo e dentro da porteira apresentaram os maiores reajustes salariais.
A pesquisa utilizou principalmente dados da Pnad-Contínua do IBGE e empregou metodologias próprias para identificar as atividades relacionadas ao agronegócio.