O custo operacional efetivo (COE) do algodão para a safra 2023/24 em Mato Grosso ficou estimado em R$ 14.235,72 por hectare no mês de julho. O montante é 22,85% menor que o verificado na safra 2022/23.
A retração é decorrente da diminuição das despesas com os macronutrientes, que representam 21,04% desse custo.
Na temporada 2022/23 o produtor desembolsou R$ 18.450,94 em custo operacional efetivo. A despesa prevista para a safra 2023/24 é, inclusive, menor que o consolidado da safra 2021/22, de R$ 14.567,16, contudo ainda acima do ciclo 2020/21, de R$ 9.783,25 por hectare.
O desembolso com macronutrientes em julho ficou cotado em R$ 2.994,79 por hectare, abaixo dos R$ 4.849,18 verificados no consolidado da safra 2022/23.
Os valores constam no Projeto Rentabilidade, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), divulgados nesta semana pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
“O recuo significativo nos preços dos insumos entre as safras foi pautado pelos altos patamares de preços registrados na safra 2022/23, visto que as atuais cotações dos produtos estão em linha com as do ciclo 2021/22”, indica o Imea.
Preço da pluma ainda é ponto de atenção
Conforme o Imea, considerando a produtividade do ciclo atual de 123,11 arrobas por hectare, é necessário que o cotonicultor venda a sua pluma a pelo menos R$ 115,64 a arroba para que consiga cobrir o custo operacional efetivo da safra 2023/24, valor 23,78% menor do que ponto de equilíbrio do ciclo 2022/23.
“A volatilidade nos preços da fibra é um ponto de atenção para os produtores que estão segurando a venda de seu produto”.
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