? Queremos um modelo de gestão compatível com a realidade do país e conectado com as necessidades dos produtores e parceiros que atuam em conjunto com o governo ? diz o diretor.
O anúncio será realizado na Superintendência da Ceplac na Bahia (entre Ilhéus e Itabuna), quando haverá cerimônia em homenagem ao aniversário da instituição. Segundo Jay Wallace, os maiores desafios da Ceplac para os próximos anos serão expandir a lavoura cacaueira nos estados do Pará e Rondônia e modernizar a produção na Bahia e Espírito Santo.
? Este ano estamos bastante motivados, pois conseguimos eliminar o maior gargalo para que o produtor continue investindo ? explica Wallace.
Ele se refere ao novo programa de reestruturação das dívidas do setor, autorizado em janeiro pelo governo, que vai permitir ao produtor deixar de ser inadimplente e voltar a ter acesso ao crédito rural.
Os investimentos em pesquisa, a transferência de tecnologia e a distribuição de sementes mais produtivas e resistentes a pragas, pela Ceplac, já estão contribuindo para o ganho de produção do fruto. Entre os anos de 2009 e 2010 houve um aumento de mais de 40% na produção de cacau no Brasil, que hoje está em torno de 230 mil toneladas. A expectativa é que em médio prazo esse número chegue a 500 mil toneladas.
? O Brasil é um dos poucos países capazes de ter uma expansão sustentável e eficiente da produção para atender a crescente demanda interna e externa ? avalia o diretor da Ceplac. Em cinco anos, a demanda do mercado internacional por cacau deve aumentar em 600 mil toneladas.
O aumento da renda do brasileiro também provocou uma maior procura por chocolate. Para atender a esse crescimento, além da recuperação das lavouras da Bahia e Espírito Santo, a Ceplac apoia a produção nos estados da região amazônica, como Pará e Rondônia. O cacau é uma planta nativa desta região e é cultivado em sistemas agroflorestais preservando o meio ambiente e garantindo uma alternativa de renda para a população local.