De acordo com o professor de Agronegócios da Universidade de Brasília Josemar Medeiros, na Europa, o uso crescente do diesel se reflete na produção de biodiesel, que já responde por 70% do consumo. Ele calcula que, em 2015, os Estados Unidos vão destinar um terço da produção de 50 milhões de toneladas de milho para a extração de etanol. Ele alerta para questões que podem comprometer empreendimentos, como a elevação dos custos no mercado.
Já o doutor em economia pela Universidade de Hamburgo, Adriano Benayon, defende que o governo deve dar maior incentivo à produção de biomassa, aproveitando áreas de pastagem em benefício dos pequenos produtores.
? Há área disponível para produção bioenergética e de alimentos, onde pelo menos 40% desse espaço pode ser usado para a biomassa.
O especialista em regulação, também da Universidade de Brasília, Rodrigo Rodrigues, acredita que o governo brasileiro tem analisados questões como zoneamento da cana-de-açúcar, certificação sócio-ambiental do álcool e boas práticas na colheita pelas usinas e trabalhadores.
Para ele, os biocombustíveis surtem efeitos no abastecimento interno e nos preços dos alimentos. Por isso, merecem das autoridades planejamentos estratégicos e investimentos na área de produção, transporte e exportação.