O evento é aberto somente para empresários e termina na segunda, dia 14. O Secretário Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira, disse que, em junho, o governo brasileiro deve organizar uma missão à Índia.
Autoridades e empresários da Índia e do Brasil acreditam em fortalecimento do comércio entre os dois países. Mas reconhecem que ainda existem barreiras que precisam ser superadas.
Na pecuária bovina, a ligação é familiar. A genética indiana é à base do gado zebuíno brasileiro, que hoje representa 80% do rebanho. O volume de comércio entre Índia e Brasil ainda é considerado pequeno. No ano passado, foram quase US$ 8 bilhões. Neste ano, a expectativa dos indianos é chegar a 10 bilhões.
O empresário indiano Mukesh Chandra, está há mais de 30 anos no Brasil. Ele acredita no sucesso dos negócios entre os dois países, mas afirma que falta ousadia ao empresariado brasileiro.
? O indiano é mais corajoso para conhecer culturas diferentes e fazer negócios ? afirma.
Para a Câmara de Comércio Brasil-Índia, além de ousadia, é preciso resolver problemas como a burocracia e até certo protecionismo da parte do Brasil.
? É importante proteger a indústria nacional, mas é preciso melhorar a competitividade no Brasil ? informa o Presidente da Câmara de Comércio Brasil-Índia, Roberto Paranhos do Riobranco.
O representante do governo brasileiro reconhece as dificuldades, mas garante que soluções estão sendo discutidas.
? Quando há mercados que se conhecem, é normal ocorrerem entraves ? diz o Secretário Executivo do MDIC, Alessandro Teixeira.
Apesar das barreiras, os dois países seguem negociando. Entre os setores de interesse, estão transportes de petróleo e gás. Alimento também é considerado um setor com boas oportunidades.
? A Índia tem dificuldades na produção de alimentos e o Brasil poderia ajudar com tecnologia e conhecimento ? esclarece o Chefe da Comissão para América Latina e Caribe da Confederação das Indústrias da Índia, Shubbendu Amitabh.