Os empreendimentos são fruto de um convênio firmado entre o Sebrae na Bahia e a Fundação Banco do Brasil, que disponibilizou mais de R$ 134 mil em recursos não reembolsáveis para a construção das unidades.
? Faz parte de nossa missão fomentar a geração de emprego e renda, contribuir para a estruturação de cadeias produtivas em comunidades tradicionais da nossa região ? afirma o gerente regional em Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil, Armando Soares.
O convênio entre as instituições foi firmado em junho de 2010, durante o seminário “Sebrae Bahia e Fundação Banco do Brasil: uma parceria de sucesso”, realizado na Costa do Sauípe.
Rigor com higiene
As famílias beneficiadas em Caém fazem parte da Associação Quilombola dos Produtores de Mandioca de Bom Jardim e Monteiro (Aquibom). São 58 associados organizados na instituição, fundada em 2006 para estruturar a produção de derivados nas duas comunidades. Para o presidente da Aquibom, Miguel dos Santos, as casas de beiju vão proporcionar mais qualidade ao alimento produzido e comodidade às famílias.
? Nos fornos caseiros, não há rigor com a higiene, pois a maioria das casas são de taipa. Aqui, nossos produtos serão embalados a vácuo, com todo conforto para quem trabalha ? avalia o presidente.
Os produtos que saem da zona rural de Caém abastecem feiras da região em cidades como Jacobina, Miguel Calmon e Irecê.
O morador Edécio Santos cedeu o terreno onde foi construída a unidade de Monteiro.
? Doei para o desenvolvimento de minha comunidade e hoje estou vendo o resultado ? diz o associado.
Ao lado da associação, mulheres do grupo usam a cozinha para elaborar o cardápio de grande parte da merenda escolar da região. Mais de 40 produtos diversificam a hora do lanche dos estudantes.
? Entregamos sucos com tapioca, mingau e vários alimentos. Mas o preferido é o beiju com recheio de carne de sol ? revela a associada Marinalva Santos, que agora pode fazer mais beijus numa estrutura ainda melhor.