Alimentação sobe 0,39% em fevereiro, aponta Dieese

Carnes tiveram baixa de 2,99%, com comportamento influenciado pela deflação do corte do boiA alta do grupo Alimentação apresentou importante desaceleração em fevereiro em comparação com janeiro na cidade de São Paulo, conforme levantamento divulgado nesta segunda, dia 14, pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) por meio do Índice do Custo de Vida (ICV).

A variação positiva do grupo passou de 1,17% em janeiro para 0,39%, em fevereiro, e ficou em sintonia com o comportamento do próprio indicador de inflação, que saiu de um avanço de 1,28% para 0,41% no mesmo período de comparação.

Um dos destaques foram os subgrupos de Produtos In Natura e Semielaborados, que apresentaram variação negativa de 0,01% em fevereiro ante alta de 0,85%, em janeiro. Outra diferença importante foi a alta menor dos Produtos da Indústria Alimentícia. O subgrupo teve aumento de 0,28% no mês passado ante alta de 1,08% em janeiro. O subgrupo Alimentação Fora do Domicílio apresentou elevação ainda importante de 1,45%, porém mais amena do que a de 2,01% em janeiro.

O Dieese destacou que, apesar de a taxa do subgrupo Produtos In Natura e Semielaborados ter sido negativa e próxima de zero, a desagregação deste conjunto de preços por itens e produtos revelou comportamentos distintos. O segmento de Legumes, por exemplo, apresentou alta de 15%, com avanço generalizado em seus produtos, com destaque para o tomate (26,50%), pepino (10,15%) e vagem (10,08%). O segmento de Grãos, por sua vez, apresentou queda de 3,79%, com recuo tanto do feijão (-6,18%) como do arroz (-3,26%).

Baixa da carne
O segmento de Carnes mostrou baixa de 2,99%, com comportamento deflacionário mais acentuado na carne bovina (-3,04%) em comparação com a suína (-2,06%). Já o subgrupo de Hortaliças subiu 11,16% e mostrou reajustes em todos os itens, com destaque para escarola (14,71%), repolho (13,56%) e alface (12,19%) – todos em função das fortes chuvas do começo de 2011.

Quanto à parte de Raízes e tubérculos, houve avanço de 2,83%, com forte alta na cenoura (16,11%) e na beterraba (11,42%). O segmento de Frutas, por sua vez, mostrou variação positiva de 2,50%, com reajustes acentuados no pêssego (16,37%), manga (15,06%), abacaxi (12,15%) e laranja (7,62%), que contrastaram com quedas marcantes no abacate (-20,31%), limão (-9,29%), pera (-5,53%), maçã (-5,50%) e mamão (-4,50%).

No subgrupo da Indústria da Alimentação, o Dieese salientou que não foram observados aumentos marcantes nos preços dos componentes. Em Alimentação Fora do Domicílio, foram verificadas altas nos itens refeição principal (2,18%) e lanches (1,77%).