Toda esta situação de catástrofe vem mexendo com o mercado, principalmente com a economia internacional. No Brasil, contratos de exportação de minério estão sendo sustados.
O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, acredita que o impacto da tragédia sobre o mercado agrícola não deve ser negativo. Pelo contrário: o volume de exportações para o Japão em 2011 deve crescer entre 3% e 5% em comparação com o ano passado.
Em 2010, o Brasil vendeu US$ 2,37 bilhões em produtos agrícolas para o Japão, 32% a mais do que em 2009. Somente com a carne de frango foram comercializados US$ 932 milhões, 44% a mais do que 2009. As exportações de café cresceram 27%, chegando a US$ 436 milhões.
De acordo com os exportadores, tem sido normal o desembarque no país atingido pelo terremoto. Porém, para o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) admite que, assim como na crise financeira de 2009, pode haver uma redução temporária no consumo da bebida no Japão.
Outro item de exportação, importante para os japoneses, é o suco de laranja. São exportadas 80 mil toneladas do produto por ano ao país asiático. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (Citrus Br), o tsunami não afetou o terminal portuário utilizado pelas empresas brasileiras, o setor também descarta uma redução no consumo.