O controle diário tem como objetivo evitar a reintrodução da mosca no Estado, que teve foco em Normandia, em dezembro de 2010, e na Vila de Mutum (Uiramutã), em fevereiro de 2011. O controle abrange 14 rotas em 4,3 mil quilômetros e mostra que há 52 dias não há detecção da mosca em Normandia. Em Mutum, são 11 dias sem nenhum registro. A praga não está presente nos demais municípios de Roraima.
As ações de monitoramento da mosca foram intensificadas nos municípios que apresentaram foco e em Pacaraima (que faz fronteira com a Venezuela), nas aldeias indígenas localizadas próximas à BR 433 ? que liga Normandia a Uiramutã e na BR 202. Na região sul do Estado também há monitoramento, desde o município de Boa Vista até Jundiá, região de fronteira com o Amazonas, e São João da Baliza, que faz fronteira com o Pará.
Os técnicos do Ministério da Agricultura, com o apoio do exército brasileiro, também atuam na barreira de fiscalização, localizada na saída do município de Normandia. Todos os carros são vistoriados e em caso da detecção de frutas hospedeiras da praga, os profissionais recolhem e incineram o produto.
Além da carambola, frutas como manga, goiaba, acerola, caju e tomate são as mais suscetíveis à praga.
? A principal forma de disseminação é pelo transporte de frutos infestados ? explica a coordenadora do Programa de Erradicação da Mosca-da-Carambola do Ministério da Agricultura, Maria Júlia Signoretti Godoy.
Nos Estados considerados de alto risco ─ Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará e Roraima ─ o monitoramento é feito a cada quinze dias, exceto nas áreas de foco, e também são desenvolvidas ações de educação sanitária. Nessa região, são 3.896 armadilhas instaladas. Nos Estados classificados como de médio ou baixo risco, as fiscalizações são realizados em portos, aeroportos, centrais de abastecimento e pontos de entrada do país.