Atualmente, os grandes produtores também utilizam programas de computador desenvolvidos por empresas especializadas – que ajudam a definir diariamente o quanto de água é preciso em cada estágio da lavoura, explica o engenheiro agrônomo Cláudio Malinski.
? Faz alguns anos que os produtores rurais têm monitorado o uso da água – não só pelo aspecto ambiental de preservar mais a água, mas também – e principalmente – aos aspectos ligados à economia. Gastar água em excesso é prejuízo ao agricultor: ele gasta mais energia e desperdiça um bem muito valioso ? defende Malinski.
Até chegar ao estágio da colheita, o milho produzido no Centro-oeste precisou de ajuda para se desenvolver. Nesta época do ano, a chuva colabora com a lavoura. Porém, no período da seca, são os pivôs que garantem a irrigação.
O milho, quando está na fase inicial, precisa em média de três litros de água por dia por metro quadrado – 30 mil litros por hectare. Para evitar o desperdício, há uma série de equipamentos que medem a umidade do solo e ajudam a dizer para o produtor quando é preciso acionar o sistema de irrigação e o quanto de água precisa ser liberado. É um sistema que já existe há 25 anos.
Porém, mesmo com quantidades controladas, a atividade agrícola pode estar poluindo. É o que diz o especialista Geraldo Boaventura, da UnB. A água da irrigação levaria substancias químicas – como fertilizantes e defensivos – para córregos e até mesmo aos lençóis freáticos.
? Nós temos que ter o uso cada vez mais racional desse tipo de produto para que a gente não altere a qualidade e não deixe problemas para o futuro ? afirma Boaventura.