Segundo o técnico da Emater-MG Admilson da Costa e Silva, o período mais indicado para o plantio da cebola é de fevereiro a maio.
? Os produtores que anteciparam o lançamento das sementes para o final de janeiro irão colher também à frente dos demais e esperam ter condições de aproveitar a cotação inicial do produto, que geralmente é mais alta ? explica.
A cebola tem alcançado, no Estado, preços ao produtor entre R$ 22 e R$ 25 a saca de 20 quilos. Conforme as estimativas de produção e produtividade confirmadas pelos agricultores familiares Welton José Caetano e José Roberto das Chagas, os custos de suas lavouras (cada uma com cerca de 10 hectares), envolvendo desde o plantio até a colheita, oscilam entre R$ 30 mil e R$ 34 mil. As principais despesas são por conta da mão-de-obra, sementes e adubos. O técnico da Emater informa que, atualmente, para obter lucro na atividade, a saca de 20 quilos de cebola deve ser comercializada por um valor superior a R$ 10.
Costa e Silva ainda diz que os agricultores integrados ao cronograma de plantio, e que fazem os investimentos recomendados na aquisição de adubo e uso de tecnologia, podem contar com uma produtividade média de 50 toneladas de cebola por hectare em Rio Paranaíba.
? Há casos como o da Cooperativa Agropecuária do Alto Paranaíba (Copadap) que colheu no ano passado até 120 toneladas de cebola por hectare ? acrescenta o extensionista.
O superintendente de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria da Agricultura de Minas Gerais, João Ricardo Albanez, informa que o Alto Paranaíba liderou a safra Estadual de cebola em 2010.
? A região respondeu por 84,2% das 119 mil toneladas de cebola colhidas em Minas. O volume de cebola produzido pelo Estado, no ano passado, supera em 7,6% o do período anterior e corresponde a quase 8% da safra nacional do produto ? explica Albanez.
A relação dos municípios mineiros que mais contribuíram para os resultados de Minas Gerais na produção de cebola é liderada por Santa Juliana (40 mil toneladas), Rio Paranaíba (27,9 mil toneladas) e Perdizes (7,2 mil toneladas), todos localizados no Alto Paranaíba.