Até 2012, o número de usinas vai passar de 36 para 56 com um investimento que supera os US$ 3 bilhões. Numa área de 66 hectares, que receberá investimento de R$ 300 milhões, a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool, por exemplo, vai instalar a unidade da Usina Vale do Tijuco, que deve começar a produzir em 2010.
A expansão ganhou força nos últimos cinco anos, quando entraram em atividade 20 novas usinas só no Triângulo Mineiro. Acordos determinam até mesmo a distância entre os investimentos para viabilizar o setor. Empresários recebem incentivos fiscais para melhorar a malha viária que dá acesso a propriedades próximas. É fácil encontrar as máquinas reformando ou abrindo novas estradas para escoamento da safra.
Para atender as novas usinas são necessários mais de 500 mil hectares de cana. A política adotada pelos investidores é de produzir apenas 30% em áreas próprias.
A maior parte dos canaviais vai ficar nas mãos dos produtores que fecharam contratos de parceria com as usinas para fornecimento da matéria-prima. No centro dessa nova fronteira do setor sucroalcooleiro está Uberaba, que quer uma fatia do mercado de máquinas e equipamentos. Hoje os novos investimentos no Triângulo Mineiro são atendidos principalmente por empresas do município de Sertãozinho, no interior paulista.