O governo federal vai destinar quase R$ 5 bilhões para o setor cafeeiro no Plano Safra 2017/2018, segundo informação confirmada nesta sexta, 26, durante a Abertura Oficial da Colheita do Café, que ocorreu em Alpinópolis, no sul de Minas Gerais. O volume é 6% maior em relação ao montante anunciado no ano passado e quase um terço dos recursos serão liberados via sistema cooperativo para facilitar o acesso aos produtores.
“Isso é revertido no primeiro momento em custeio, depois em comercialização e estocagem. O produtor colhe o café e pode financiar por inicialmente 12 meses e, se necessário, 24 meses”, disse Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café.
Brasileiro explicou ainda que as taxas de juros do novo plano vão ficar entre 6% e 9,5%. “As taxas estão baixando e nós esperamos chegar ao final do ano com juros de 6%. Então, nosso juros vão até 9,5% e disso não passa. Se no vencimento os juros estiverem abaixo de 9,5%, o produtor paga o juros do dia”, disse .
O cenário para o setor, por enquanto, é de preços menores e produção mais baixa, com uma queda estimada em 20% na região sul de Minas Gerais, responsável por quase um terço da safra nacional.
“No ano passado, nós tivemos um safra expressiva no cerrado e este ano a colheita é menor. No sul de Minas e no norte de São Paulo a queda vai ser menor, mas esperávamos queda em torno de 14% a 15% em relação à safra passada”, disse o vice-presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Carlos Augusto Rodrigues.
Importação
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O diretor da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, disse que as importações de café da variedade conilon estão liberadas apenas para casos específicos e são necessárias para manter a competitividade da indústria.
“É preciso que o setor esteja abastecido para honrar com os compromissos, lembrando que mais de 80% do cave solúvel é para exportação e não queremos prejudicar o produtor e sim equilibrar oferta no mercado”, disse.
Café Forte
O evento também foi palco do anúncio oficial do novo projeto do Canal Rural voltado para o setor cafeeiro. Batizado de Café Forte, o projeto é uma parceria com a Cooxupé, com o Conselho Nacional do Café, Embrapa e sistema das cooperativas OCB.
“Vários parceiros unidos vãos organizar eventos, conteúdo e dados. Vamos levar isso todos os dias no programa Mercado & Companhia e no Rural Notícias, pois o café forte quer ajudar os produtores com informações de qualidade”, disse, o presidente do Canal Rural, Júlio Cargnino.
