? Não queremos apenas importar produtos manufaturados da China que têm preços que não são competitivos com a indústria mundial. O interesse do setor privado e da indústria com relação à China é de ser parceiros nos investimentos no Brasil em infraestrutura ? disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade.
Andrade se reuniu na manhã desta sexta, dia 1º, com Dilma para tratar da viagem e afirmou que a presidente demonstrou concordar com a posição do empresariado.
? Ela acha que é uma agenda adequada e está de acordo com colocações que faremos aos chineses ? disse o presidente da CNI.
A abertura do mercado chinês aos produtos industrializados brasileiros é um ponto que será defendido nas reuniões que a comitiva ? formada por 212 empresários brasileiros ? terá com os chineses.
? Se eles falarem que o mercado deles é aberto aos produtos brasileiros, isso não é verdade. As empresas brasileiras não conseguem vender no mercado chinês, a não ser commodities, mas não queremos apenas vender commodities ? disse Andrade.
A valorização do real em relação ao dólar também foi discutida na reunião. Para Andrade, esse é um problema que o governo precisa resolver em curto prazo.
? Temos urgência porque o dólar a R$ 1,62 só incentiva a compra de produtos no Exterior ? disse.
Nos dias 12, 13, 14 e 15 de abril, Dilma irá a Pequim, Sanya e Boal, na China. A visita será basicamente econômica, embora a agenda inclua reuniões com o presidente chinês, Hu Jintao, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao. A delegação de empresários que irá à China busca o equilíbrio da balança comercial e maior acesso de produtos brasileiros ao mercado chinês.
Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Segundo a Câmara de Comércio Brasil-China, as relações comerciais entre os dois países cresceram 47,5% nos últimos anos.