? Existe evidência de que a volatilidade atual dos preços dos alimentos e dos preços das commodities agrícolas, medidos em termos reais, não é significativamente superior à média história. Então, não seria a principal causa de a insegurança alimentar ? diz a nota.
Para o CAS, a insegurança alimentar está relacionada à situação de pobreza estrutural, que envolve grande parte da população mundial. Houve consenso entre os ministros a respeito da rejeição de controles dos preços internacionais.
? Algumas iniciativas de países desenvolvidos, que querem enfrentar a insegurança alimentar com o estabelecimento de mecanismos que limitam os preços internacionais das commodities, desestimulam a produção agropecuária nos países – como nos membros do CAS – onde já existem vantagens comparativas e competitivas para alimentar o mundo ? ressaltaram os ministros.
O conselho decidiu apoiar os esforços em favor da liberalização comercial na negociação da Rodada Doha, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), “como passo decisivo para encontrar soluções concretas às medidas propostas pelos países desenvolvidos”.
Notícias Relacionadas
Em uma declaração separada, o governo da Argentina conseguiu o apoio do CAS ao Plano Estratégico Agroalimentar e Agroindustrial Participativo e Federal 2010-2016, lançado no ano passado. Criticado pelas instituições representativas do setor agropecuário argentino, o plano é definido pelo governo como produto de um processo participativo, o qual convoca todos os segmentos do setor para elaborar estratégias e metas de desenvolvimento.
Segundo a declaração assinada, o plano contribui para a segurança alimentar do país e da região. Neste sentido, “a participação dos países do CAS neste tipo de iniciativas constitui uma instância de integração em benefício da agricultura da região”.
Clima
Após a reunião do CAS, os ministros concluíram que as mudanças climáticas podem afetar negativamente a atividade agropecuária e a renda dos produtores e concordaram sobre a necessidade de fortalecer as estratégias dos Ministérios de Agricultura da região para amenizar o impacto negativo do clima. Para tanto, se comprometeram a realizar maiores esforços na coordenação de ações nacionais, regionais e internacionais para enfrentar esse processo.
