Novo Código Florestal deve proibir desmatamento em florestas nativas, diz ministra

Lei mais sólida evitará tragédias como a da região serrana do Rio, devastada por enxurradas e avalanches de terra no início deste anoO projeto do novo Código Florestal busca a sustentabilidade e o desenvolvimento do país. Foi o que disse nesta sexta, dia 1º, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Para ela, a agricultura brasileira não será sustentável se não proteger as nascentes dos rios e outros recursos naturais. Em sua visita a Curitiba, onde foi debater com produtores rurais, empresários e parlamentares a proposta de mudança na legislação em tramitação no Congresso Nacional, a ministra adiantou que o governo não

? Temos que proteger a biodiversidade, fazendo uso de instrumentos ecológicos mais modernos que permitam aumentar renda dos que têm florestas nas suas terras ? afirmou.

Por isso, acrescentou, o Brasil está buscando alternativas para não ter mais desmatamentos em florestas nativas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Na manhã desta sexta, a ministra participou de audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná.

? Estamos ouvindo a posição de agricultores familiares, conservacionistas e grandes produtores para que possamos avaliar se estamos no caminho certo para termos um Código Florestal moderno. A ideia é que ele resolva situações injustas do passado e propicie novas condições para a produção sustentável da agricultura brasileira e da economia florestal, além da conservação da biodiversidade ? disse.

De acordo com a ministra, desde o ano passado o governo vem apresentando propostas para as alterações do Código Florestal.

? Estamos em contato permanente com o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), autor do projeto que propõe a mudança, com deputados da bancada ruralista e ambientalistas para identificar alternativas para os problema apontados ? informou.

Uma lei mais sólida, assinalou Izabella, evitará tragédias como a da região serrana do Rio, devastada por enxurradas e avalanches de terra no início deste ano. Ela estima que 90% dos prejuízos sofridos pelos municípios da região – quase mil pessoas morreram, cerca de 500 desapareceram e mais de oito mil ficam desabrigados – ocorreram em consequência de ocupações inadequadas em área de preservação permanente.