Chuvas dificultam cálculo de desmatamento na Amazônia em 2011

Durante período, nuvens cobriram até 93% da região, o que compromete visualização de satélitesEm janeiro e fevereiro, pelo menos 19,2 quilômetros quadrados (km²) de floresta foram desmatados na Amazônia, de acordo com dados do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgados nesta quarta, dia 6, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No entanto, durante o período de chuvas na região, o monitoramento fica comprometido porque a cobertura de nuvens impede a visualização dos satélites. Segundo o Inpe, em janeiro, 85% da área da Amazônia estava encoberta e, em fevereiro, as nuvens cobriram 93% da região.

No primeiro bimestre do ano, a maior parte do desmatamento foi registrada em Mato Grosso, onde 14,39 km² de florestas foram derrubados. O Maranhão aparece em seguida, com 4,3 km² de desmate e o Pará, com 0,52 km².

Em relação ao mesmo período de 2010 (janeiro e fevereiro), quando os satélites apontaram 208,19 km² de desmatamento, houve redução de mais de 90% no ritmo da derrubada. No entanto, por causa da cobertura de nuvens, o Inpe não recomenda esse tipo de comparação.

O Deter registra corte raso (desmatamento total) e degradação progressiva. O sistema serve de alerta para direcionar operações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Já no Cerrado, ritmo de desmatamento caiu pela metade.