Em São Paulo, a média ponderada à vista recua 0,67% em comparação a 31 de março, fechando nessa quarta-feira a R$ 103,32 com Funrural; sem Funrural, a média ponderada Cepea para SP foi de R$ 100,94. Por sua vez, o Indicador Esalq/BM&FBovespa, que liquida os contratos futuros de boi negociados na BM&FBovespa, fechou a R$ 104,18 nessa quarta, acumulando nessa parcial do mês queda de 0,32%.
Conforme pesquisadores do Cepea, a indústria frigorífica segue alegando que o mercado atacadista de carne está resistente em comprar o produto nos preços atuais. Dessa forma, frigoríficos ficariam “impedidos” de reajustar os patamares da arroba do boi. Neste início de mês, período em que a demanda tende a aumentar, os preços no atacado registram apenas pequenos aumentos.
Em março, o volume exportado aumentou em 12,6 mil toneladas sobre fevereiro (o que altera a disponibilidade interna, podendo haver aumento de certos cortes e redução de outros), mas alguns colaboradores do Cepea atuantes no atacado paulistano vinham relatando a existência de estoques na indústria nacional. Outro fator a ser levado em conta é que os preços relativos de frango e especialmente de suíno podem estar atraindo parte do consumo dos brasileiros, tirando força da carne bovina.
Considerando a segunda quinzena de março dos últimos cinco anos (de 2007 a 2011), a carcaça casada de boi no atacado da Grande SP é em média 76% mais cara que o frango resfriado, mas na última quinzena, esteve 113% superior. Em relação ao suíno (carcaça comum), a vantagem do boi é, na média de cinco anos, de 30% e, recentemente, esteve em 58.
Na parcial de abril, a carcaça casada de boi (média ponderada do traseiro, dianteiro e costela) no atacado da Grande São Paulo teve média de R$ 6,43/kg, aumento de 0,8% sobre 31 de março. No acumulado desse período, o preço do traseiro não variou, a ponta de agulha valorizou 0,4% e o dianteiro, 2,5%.