Minc disse que parte dessa queda pode ser atribuída ao aumento da fiscalização, com a atuação mais intensa do Ibama, com o reforço das presenças do Exército e da Aeronáutica na região e com a estratégia de fiscalização nos entroncamentos rodoviários. Ele também citou como causa da redução do desmatamento os diversos acordos feitos pelo instituto com setores produtivos.
? Nós temos o que comemorar. Em julho, que é um mês terrível por ser de estiagem, nós tivemos uma queda no desmatamento de praticamente 60% em relação ao mês anterior ? disse Minc.
Uma coisa importante, conforme o ministro, é que o Ministério do Meio Ambiente fez acordos com os setores produtivos.
? Fizemos acordo com o setor da soja, simplificando licença, avançando com o zoneamento ecológico. Eles não vão mais comprar soja de áreas desmatadas da Amazônia ? lembrou sobre um desses acordos.
Minc ressaltou também o acordo feito com o setor exportador de madeira que atua na Amazônia e que só comprará produtos florestais certificados.
? Mas para isso nós vamos também dobrar a disponibilidade da madeira certificada para o setor, porque você não desmonta o tráfico da madeira ilegal sem aumentar a oferta da madeira originada de plano de manejo ? acrescentou.
Acordo semelhante, lembrou o ministro, foi feito com a Vale em relação ao minério de ferro.
? A empresa não mais vai vender minério para carvoarias que estejam embargadas pelo Ibama ? afirmou.
Na avaliação do ministro, porém, só a fiscalização não resolverá o problema do desmatamento na Amazônia.
? A idéia de o consumidor participar da educação ambiental também é importante. É preciso fortalecer a consciência ambiental porque não é com o fiscal do Ibama e da Polícia Federal vai se diminuir o desmatamento da Amazônia ? concluiu.
As declarações do ministro do Meio Ambiente foram feias na sede da Petrobras, no Rio, onde ele participou da solenidade de lançada da nova etapa do Programa Petrobras Ambiental.