O desempenho é puxado principalmente pelo valor da produção do algodão que deve crescer 55,4% em 2011, aproximando-se de R$ 5 bilhões. A uva também apresenta aumento expressivo, passando de R$ 3 bilhões para R$ 4,5 bilhões. Além do algodão e da uva, o VBP do café em grão, do milho e da soja vão contribuir consideravelmente para o resultado. Juntos os três produtos representam quase a metade do VBP deste ano.
? Dos 20 produtos analisados pelo Ministério da Agricultura, 13 terão aumento no valor da produção ? informa o coordenador de Planejamento Estratégico e responsável pelo estudo realizado desde 1997, José Garcia Gasques.
De acordo com o coordenador, até o fim do ano, a perspectiva é que o VBP possa ser ainda maior, já que os preços permanecem valorizados nos mercados interno e externo.
As regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste terão valor da produção neste ano superiores ao verificado em 2010. Com VBP previsto de R$ 52 bilhões, o Centro-Oeste passará a ser a segunda região brasileira com maior valor da produção agrícola, ultrapassando o Sul.
Em comparação com o ano passado, o resultado dos Estados do centro do país será 38% maior em 2011. O Sul, com ganho de 5,61%, deve alcançar VBP de R$ 50 bilhões, e o Nordeste, com aumento estimado de 11,4%, pode chegar a R$ 20 bilhões. A região Sudeste, apesar da redução de 2,4% no VBP, ainda permanece com o maior valor do Brasil, R$ 53,1 bilhões.
Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços de mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo, são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona.
Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção agrícola para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, de acordo com as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano.