? Não vou derrubar depois de amanhã. Estou dizendo que é num horizonte de quatro anos. É possível, sim, perfeitamente. Esse é o desafio que o Brasil vai ter de enfrentar, pelo menos desta vez ? afirmou.
A declaração de Dilma ocorreu ao término de um dia repleto de compromissos entre ela e o presidente da China, Hu Jintao. Em rápida entrevista, a presidente admitiu que o câmbio no Brasil ainda é motivo de “grande preocupação”.
? Nós temos tomado todas as medidas num quadro em que a política cambial é de câmbio flexível. Todos nós sabemos, perfeitamente, o porquê nós estamos (fazendo isso). Vai desde a política de ajuste dos países desenvolvidos até o fato de que o Brasil ainda opera com taxa de juro mais elevada que o resto do mundo ? argumentou a presidente, que afirmou que situações como essa não se resolve por decreto.
Dilma afirmou que o governo está alerta, e tomando as medidas necessárias para que o câmbio não se transforme em problema “maior do que já é”.
Ao ser questionada sobre as reclamações de empresários brasileiros, que dizem ter dificuldades para exportar para a China, justamente por conta do câmbio, a presidente disse que hoje o mundo assiste a um processo pelo qual a disponibilidade de grande liquidez provoca processos “extremamente instáveis” de valorização de moedas.
? Temos visto um esforço imenso que o Ministério da Fazenda e o Banco Central vêm fazendo no sentido de coibir movimentos especuladores. Vamos continuar perseguindo isso ? insistiu.