Governo estuda incentivar turismo em reservas extrativistas marinhas no Pará

Equipes do Ministério do Desenvolvimento Agrário analisam o potencial turístico da regiãoO Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estuda a possibilidade de incentivar a atividade turística nas regiões das reservas extrativistas marinahs de Tracauteua e Caeté Taperaçú, no Estado do Pará. Equipes do órgão vão percorrer as duas áreas para analisar o potencial turístico da agricultura familiar.

? Pretendemos celebrar um convênio com diversos órgãos para implantar o turismo da agricultura familiar nessas reservas. Nessa visita, vamos também ouvir a opinião dos moradores sobre o nosso projeto, que ainda está em discussão ? diz a delegada do Ministério no Pará, Soraya Almeida.
 
As gestão das reservas extrativistas marinhas é de responsabilidade do Instituto Chico Mendes. As duas estão a mais de 200 quilômetros de Belém, bem na costa atlântida nordeste do Pará. A renda das famílias é gerada pela venda do caranguejo e do pescado marinho.

? É uma região muito bonita, de muitas praias e ilhas. Lá pode ser implantado até mesmo o turismo de contemplação, pois há muito mangue e pássaros, como as garças e o guará ? relata Soraya.

Histórico  

Em novembro de 2005, as reservas de Tracauteua e Caeté Taperaçú foram incluídas no Plano Nacional de Reforma Agrária e reconhecidas como assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Incra já concedeu 1,3 mil créditos de apoio inicial e 1,5 mil créditos de habitação a 2,5 mil famílias de Tracauteua. Somados os recursos, o investimento ultrapassou R$ 11 milhões.

Em Caeté Taperaçú, o valor empregado pelo Incra foi R$ 11,2 milhões, incluindo 2 mil créditos para apoio inicial das famílias e mil créditos destinados à habitação dos assentados. O Incra também construiu no local um sistema de abastecimento de água por meio de poços artesianos e 10,4 quilômetros de estradas.