Um dos principais problemas do mercado brasileiro de biodiesel é o desequilíbrio entre a capacidade instalada das usinas e o consumo. Isso sem falar no preço, considerado flutuante por produtores e analistas. Para muitos participantes do congresso, a saída para essas barreiras pode estar na adoção de matérias-primas alternativas, como o pinhão manso, mas principalmente o dendê.
As usinas brasileiras têm capacidade para processar 4,5 bilhões e, para analistas, deveriam buscar formas de originar matéria-prima em áreas próprias ou através de parcerias. Mas a grande questão do debate está na diversificação de fontes para a obtenção do biodiesel.
Comparar os prós e contras das diferentes matérias-primas é um dos objetivos do evento. Foi analisada a relação entre custo médio de produção por hectare e rendimento em óleo dos principais cultivos. No caso do pinhão manso, por ser uma das apostas mais recentes, o que se tem é apenas uma estimativa.
Para o empresário Eduardo Bundyra, diretor-presidente da Biotins, o pinhão manso é bastante promissor no Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país. Mas ainda há alguns desafios a serem enfrentados.
O dendê, com quase 100 mil hectares em produção no Brasil, é considerado a grande promessa do setor. Segundo o analista Univaldo Vedana, dois milhões de hectares do produto rendem a mesma quantidade de óleo que 22 milhões de hectares de soja.