Ela disse que a isenção foi adotada em fevereiro deste ano em virtude de o maior fornecedor de trigo no Mercosul, a Argentina, ter tido dificuldades para abastecer o mercado brasileiro. Razão porque foi criada isenção para cota de um milhão de toneladas de trigo produzido fora do bloco econômico constituído por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Em vez das 5,630 milhões de toneladas de trigo que vendeu ao Brasil no ano passado, o país vizinho só forneceu neste ano, até agora, 2,750 milhões de toneladas, o que contribuiu, inclusive, para a pressão inflacionária dos preços do pão e de outros derivados de trigo.
Agora, diante do aceno da Argentina com a disponibilidade de mais 1,5 milhão de toneladas do produto e com o início da colheita da safra nacional de trigo, a Camex entendeu que o mercado interno está devidamente abastecido e suspendeu a isenção.
Por causa da alta de mais de 120% dos preços dos fertilizantes no mercado internacional, nos últimos 12 meses, nas contas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Camex também adotou medidas para reduzir o problema a médio prazo. Isentou da TEC, por seis meses, três produtos utilizados como insumos na agropecuária brasileira.
O ácido sulfúrico e o ácido fosfórico, usados na composição de fertilizantes, pagavam alíquota de 4% na importação de fora do bloco, e o fosfato bicálcico, que é misturado ao sal mineral para ração animal, pagava 10%. As importações desses produtos até fevereiro de 2009 não vão pagar mais nada de imposto de importação.