Mazolla Filho foi um dos participantes do Fórum Canal Rural, que discutiu o custo do milho na alimentação humana. Para ele, o problema é a falta do que chama de políticas saudáveis de proteção ao agronegócio brasileiro. Se por um lado, não há subsídios, disse ele, por outro, há entraves técnicos, burocráticos e tributários.
? O setor de fertilizantes é o menos protegido porque qualquer um pode importar fertilizante para onde quiser, sem imposto de importação e sem ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, cobrado em nível estadual] ? disse o vice-presidente da Anda.
Mazolla Filho acrescentou:
? Essas taxas e tributos só penalizam a comida do prato do trabalhador e prejudicam o exportador de commodity agrícola. Este ano, vamos ter uma despesa de R$ 2 bilhões no custo do fertilizante para pagar o Adicional para Renovação de Frete da Marinha Mercante (AFRMM) e lembre-se que não temos marinha mercante. É uma taxa meramente arrecadatória, da ordem de 25% do valor do frete.
Segundo Torvaldo Mazolla Filho, o Brasil deverá importar 80% do que precisa, o que representa um aumento da dependência em relação ao ano passado. Ainda de acordo ele, o milho é a segunda cultura que mais usa fertilizantes no Brasil, atrás apenas da soja.