A reunião da Câmara Setorial do Trigo discutiu a diminuição do imposto. Os cerealistas reclamam da cobrança de 12% para a venda do produto in natura. No Paraná, os produtores pagam apenas 2% e os paulistas tem alíquota zero.
? Isso avilta o preço na hora em que se vai comercializar esse produto com outros Estados. Essa guerra fiscal não é só do trigo, mas especificamente essa cultura estava em um patamar alto em termos de commodities e caiu bastante. Os insumos subiram muito, o custo de produção ficou muito elevado ? justifica o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto.
O projeto de redução de tributos, discutido há cinco anos, foi encaminhado para o secretário estadual da Agricultura.
? É um pedido que já foi feito e agora, como nós estamos chegando à safra, precisamos de uma definição sobre o que o Estado vai poder viabilizar ou não. Eu tenho certeza de que o governo estadual vai fazer todo o esforço para viabilizar a produção de trigo, que é a maior lavoura de inverno no Rio Grande do Sul. Nós temos um potencial ainda para produzir mais ? diz o secretário de Agricultura gaúcho, João Carlos Machado.
A Conab prevê que a safra de trigo do ano que vem chegue a quase 5,5 milhões de toneladas, um aumento de mais de 40% em relação a 2008. Apesar do aumento, a quantidade ainda não é suficiente para abastecer o mercado interno, o que leva o Brasil a importar trigo da Argentina.