A presidente da ANBio, Leila Oda, que é pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, disse que a decisão traz um “alívio” para a comunidade acadêmica. Ela destacou que as novas liberações de produtos transgênicos ocorreram de forma pacífica, prevalecendo o debate técnico.
A pesquisadora diz não entender a postura dos opositores da biotecnologia. De acordo com Leila Oda, eles apenas questionavam os critérios de avaliação sem apresentar outras soluções efetivas.
? Para isso, a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) endossa o critério de equivalência substancial pelo qual avalia a segurança dos produtos transgênicos para consumo humano e animal comparando-os aos seus equivalentes convencionais ? afirmou, segundo comunicado divulgado pela assessoria de imprensa da entidade
Leila acrescentou que “a conclusão é de que não há diferença entre os produtos aprovados e seus pares, exceto a característica do gene inserido (resistência a insetos, tolerância a herbicidas, etc.). Além disso, a experiência internacional tem demonstrado há mais de 10 anos que esses produtos reduzem o uso de defensivos agrícolas”.
Outro que aprovou a postura da CTNBio foi o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Sementes e Mudas (Abrasem), Iwao Miyamoto. Segundo ele, está comprovado que a biotecnologia é segura para a agricultura e o meio ambiente e o agricultor brasileiro terá mais opções de cultivo a escolher.
? O governo entendeu que não podia continuar ouvindo argumentos ideológicos e, agora, as avaliações técnicas da CTNBio começaram a acontecer com a tranqüilidade que o país precisa. A CTNBio demonstra evolução ao emitir normas, cumprir com o estabelecido na legislação e dar andamento às avaliações científicas que atestam a biossegurança de produtos que irão auxiliar a agricultura brasileira. O Brasil precisa recuperar as posições que já perdeu para seus competidores internacionais, que já dispõem de ferramentas biotecnológicas há muito tempo ? disse Miyamoto, conforme comunicado oficial da Abrasem.