No caso do cheque especial, é considerada inadimplência quando o cliente bancário continua usando o crédito e não cobre o valor financiado por mais de 90 dias.
Mas, para o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o crescimento da taxa de inadimplência reflete o aumento do custo do crédito.
? A taxa de captação subiu e o custo final ao tomador subiu. Isso leva a um certo aumento na inadimplência, o que não é nada preocupante ? disse Lopes.
? A taxa de inadimplência do cheque especial sempre foi alta, assim como aquisição de bens ? acrescentou.
Para as empresas, a taxa de inadimplência se mantém em 1,7% nos meses de junho, julho e agosto deste ano. A taxa total permanece 4,2% em agosto, a mesma registrada no mês anterior.
A diferença entre custo de captação e taxa cobrada em um empréstimo, chamada de spread, no total, chegou a 26,2 pontos percentuais, a maior desde abril de 2007 (26,4 pontos percentuais). Para as empresas, o spread ficou em 14,9 pontos percentuais, o mais elevado desde fevereiro de 2006 (15 pontos percentuais). No caso das pessoas físicas, essa taxa ficou em 37,6 pontos percentuais, a mais alta desde março de 2007 (38 pontos percentuais).