Esta terça-feira (5) foi dia de discutir as condições climáticas do Oeste da Bahia para a próxima safra em Luís Eduardo Magalhães. O Workshop dos Resultados de Pesquisas de Algodão Safra 2022/2023, evento realizado pela Fundação Ba, reuniu 200 participantes e deu destaque para os impactos do El Niño no próximo ciclo.
Voltado para a transferência de tecnologias e pesquisas, o evento atraiu produtores, técnicos de campo, gerentes de fazenda, consultores e especialistas do setor.
O Workshop contou com participação da meteorologista Nadiara Pereira, do Climatempo, que apresentou as projeções climáticas para a safra 23/24. De acordo com ela, as chuvas que estão acontecendo agora na região são isoladas e não devem se manter, reforçando a preocupação do produtor com os próximos meses.
“Este não deve ser um ‘super’ El Niño, mas o produtor deve se preparar para desafios”, diz a meteorologista. De acordo com as previsões, chuvas irregulares e veranicos aguardam os produtores na próxima safra.
Algodão
O cenário da ocorrência de doenças do algodão no Oeste da Bahia, a diversificação do sistema produtivo e os resultados agronômicos de cultivares testadas na região também foram discutidos no evento.
Na Bahia, a colheita do algodão está em 85% e mais de 312 mil hectares compõem a área plantada desta safra. As chuvas, não esperadas durante este período, podem prejudicar o processo de beneficiamento que sucede a colheita, mas nenhuma dificuldade entre os produtores foi registrada até o momento.
De acordo com Antônio Carlos Araújo, gerente fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a safra registrou uma média pluviométrica em março e abril de mais de 180 mm, número bemm maior do que na safra anterior, que registrou 130 mm.
“Apesar de termos ciclos diferentes no estado, as áreas não mostraram problemas fisiológicos” afirma Araújo.
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