Com a performance positiva da produção agrícola do Brasil em 2022, o café registrou altas tanto em produção como em valor de produção. O grão gerou R$ 51,8 bilhões para o país no ano passado, representando crescimento de 48,8%. Os dados são da Produção Agrícola Municipal, pesquisa publicada pelo IBGE na última quinta-feira (14).
A produção nacional do café encarou aumento de 6,3% frente à 2021. No total foram produzidos 3,2 milhões de toneladas de grãos, dos quais 2,1 milhões de toneladas de café não torrado foram comercializados no exterior, uma queda de 6,6%.
Quanto ao rendimento financeiro, a cultura agrícola ficou em quarta posição, atrás apenas da soja, milho e da cana-de-açúcar. Os valores foram maiores do que o algodão herbáceo e arroz juntos, que totalizaram R$ 48,6 bilhões.
O café arábica foi o mais cultivado pelos cafeicultores, com cerca de 66% do total produzido em 2022 em território nacional. O tipo rendeu 2,1 milhões de toneladas e alcançou valor da produção de R$ 39,5 bilhões, alta de 47,1%.
Outra espécie que se destacou no ano foi o café canephora, fortemente cultivado no Norte, Centro- Oeste do país e no Espírito Santo, segundo a Brazil Specialty Coffee Association (BSCA). O tipo totalizou 1,1 milhão de toneladas, gerando R$ 12,3 bilhões, um aumento de 54,4%.
Municípios que mais produziram café em 2022:
- Rio Bananal (ES) – 48,5 mil toneladas;
- São Miguel do Guaporé (RO) – 44 mil toneladas;
- Linhares (ES) – 43,7 mil toneladas.
Minas Gerais foi o estado que mais exportou café do Brasil, exportando 81% das 2,1 milhões de toneladas que saíram pelo país. Os Estados Unidos foi o maior importador da commodity agrícola, com a Alemanha figurando em segundo lugar.
*Sob supervisão de Henrique Almeida
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