O início da safra 2023/24 de soja em Mato Grosso foi diferente das demais. Teoricamente, os produtores do estado já podiam semear a oleaginosa desde o primeiro dia de setembro.
Isso porque o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) acatou um pedido da Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampa) para que a semeadura se iniciasse antes. Contudo, a decisão gerou protesto de entidades representativas dos sojicultores.
Por isso, mesmo os produtores que estavam autorizados a semear antes e tinham condições de fazê-lo, principalmente os que detém pivôs, optaram por iniciar os trabalhos apenas neste fim de semana, ou seja, respeitando os tradicionais 90 dias de vazio sanitário.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Primavera do Leste, Marcos Bravin, as chuvas que caíram na região ainda não são suficientes para uma germinação satisfatória. “Um plantio bem feito já é 60% de uma colheita boa lá na frente”.
Segundo ele, os sindicatos rurais e o núcleo da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT) se reuniram com os produtores para conscientizá-los da importância de semear apenas após o dia 16 de setembro, como manda o calendário tradicional de semeadura.
“Todo mundo que tem pivô podia ter plantado antes do dia 16, mas todos foram conscientes. Aquele produtores que não tem pivô talvez vá plantar somente daqui 15, 20 ou 30 dias, por que nós pivozeiros plantaríamos tão cedo e acabar contaminando com ferrugem a soja daquela pessoa que não tem pivô”.