O último relatório de custos de produção da soja do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), referente a agosto, mostra queda consistente do custo operacional total.
Para implantar a lavoura da oleaginosa no estado líder em produção, o sojicultor precisou, em média, desembolsar 5,9% a menos em relação ao mesmo mês do ano passado. Assim, passou de R$ 6.557,27 para R$ 6.167,97 por hectare. Mas o que levou a essa queda?
Foram dois os insumos que mais contribuíram para a redução de preços:
- Fertilizantes: de R$ 2.417,29 para R$ 1.812,36 por hectare aplicado – queda de 25%
- Sementes de soja: de R$ 783,46 para R$ 611,96 por hectare semeado – decréscimo de 21,8%
Os defensivos agrícolas também tiveram queda, ao contrário do que vinha acontecendo nos meses anteriores:
- Redução de 4%, indo de R$ 1.373,00 para R$ 1.316,69/ha
Neste item, o que apresentou a maior retração nos preços foi o herbicida, com queda de 12,4%, seguido pelos fungicidas, com diminuição de 11,3%. No entanto, inseticidas e adjuvantes tiveram alta de 0,2% e 40,6%, respectivamente.
Quais custos da soja aumentaram?
Entre os aspectos que mais tiveram alta nos custos em agosto deste ano frente ao mesmo período de 2022, destacam-se:
- Mão de obra: R$ 107,36 – R$ 150,53 por hectare: 40,2%
- Arrendamento: R$ 301,41 – R$ 341,48 por hectare: 13,2%
- Pós-produção: R$ 177,42 – R$ 190,90 por hectare: 7,5%
Esses números não incluem os custos de oportunidade, como capital circulante, benfeitorias, máquinas, implementos e equipamentos. Contudo, levando esses fatores em conta, a redução do custo de produção da soja em Mato Grosso é de 3,9%.