A comercialização brasileira da safra 2022/23 de soja alcançou 85,3% da produção esperada. A informação parte de levantamento realizado pela Datagro Grãos até a última sexta-feira (6).
O índice está abaixo dos 87,7% observados em igual período do ano passado e dos 98,1% do recorde da safra 2019/20, bem como da média dos últimos cinco anos, que é de 92,1%.
Segundo a consultoria, o avanço mensal foi de 4,6 pontos percentuais, aquém dos 6,8 p.p. registrados no mês anterior, mas acima dos 3,5 p.p. do mesmo período do ano passado e dos 3,3 p.p. da média normal.
Assim, o fluxo ficou dentro das expectativas da Datagro, reflexo da leve valorização dos preços em setembro, além da necessidade de alavancagem de recursos para a aquisição de insumos para a safra de inverno.
Considerando a atual estimativa de produção em 157,07 milhões de toneladas, os produtores brasileiros negociaram, até a data analisada, 133,96 mi de ton de soja. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava relativamente maior, mas menor em termos absolutos, chegando a 114,52 mi de t.
Safra de soja 2023/24
As negociações da safra 2023/24 também andaram melhor no período analisado. O levantamento da consultoria aponta para 21,9% da expectativa de produção compromissada, salto mensal de 3,8 p.p., acima dos 1,2 p.p. em semelhante época do ano passado e dos 3,4 p.p. da média plurianual.
A despeito do bom incremento e de se encontrar acima dos 17,4% compromissados em 2022, o ritmo permanece abaixo dos 50,0% do recorde da safra 2020/21 e dos 29,2% da média plurianual.
A atual projeção da consultoria para o referido ciclo é de 163 milhões de toneladas, levando em consideração relativa normalidade climática e avanço de 2% da área semeada, para 45,4 milhões de hectares.