A bancada do agronegócio na Câmara dos Deputados está preocupada com a inclusão dos Fundos de Investimento Agropecuário (Fiagros) no Projeto de Lei (PL) 4173/2023, que trata de tributação dos investimentos offshore (fora do país) e dos fundos exclusivos.
O deputado Arnaldo Jardim (CD-SP), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou que a bancada não tem posição contra a taxação de offshore, mas que a inclusão dos Fiagros no PL pode prejudicar o agronegócio.
“Nossa preocupação é com relação aos Fiagros. Nós temos mais de 80, 46 deles negociados na B3 (Bolsa de Valores), o número de cotistas dos Fiagros ultrapassa 320, além de um grande volume de recursos para a produção rural”, pontuou.
Jardim esclareceu que o Fiagro é uma alternativa importante de crédito, uma vez que o Plano Safra é insuficiente para financiar o agro.
O parlamentar acrescentou que a mudança proposta pelo governo de alterar o número de cotistas provoca um abalo na forma como estão organizados os Fiagros.
“Não tem melhoria alguma. Por isso que nós somos firmemente contrários e apresentamos emendas de aperfeiçoamento. Se houver concordância de manter os 50 cotistas, nós estaremos dispostos a apoiar o projeto.”
A proposta está prevista para ser analisada nesta semana no Plenário da Câmara dos Deputados.