Queijos produzidos na Colônia Witmarsum, no Paraná, recebem selo de indicação geográfica (IG) e já estão presentes em todos os estados brasileiros.
O reconhecimento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) trouxe ainda mais visibilidade para os produtos, que já são reconhecidos pela qualidade e sabor.
Os dois queijos que receberam o selo de IG são o Colonial e o Colonial com Pimenta Verde.
Eles são produzidos com leite de vaca, seguindo uma receita tradicional, trazida pelos primeiros imigrantes alemães.
A Cooperativa Witmarsum, que produz os queijos, já está nos planos de exportar os produtos para a América do Norte e para a Europa. A expectativa é que isso ocorra em 2024.
Além do reconhecimento da IG, os queijos Witmarsum já receberam diversos prêmios, incluindo o Super Ouro no 2º Mundial do Queijo do Brasil.
Turismo
O reconhecimento dos produtos da Witmarsum também tem impulsionado o turismo na Colônia.
O local, que fica na Região dos Campos Gerais, já é um destino turístico conhecido por sua arquitetura típica alemã e sua gastronomia.
O restaurante Bierwit, que fica na Colônia Witmarsum, aumentou o número de clientes desde que passou a servir pratos com os produtos.
“Já era um queijo conhecido, mas hoje em dia está se tornando mais conhecido ainda. Então as pessoas, além de provar as receitas, querem levar o queijo para casa. Elas nos perguntam onde podem comprar o queijo e isso é muito bacana, porque agrega valor para toda a comunidade”, afirma Giovanna D’Aquino Smaka, uma das sócias proprietárias do restaurante.
Além do restaurante, outros estabelecimentos também passaram a servir pratos com os produtos Witmarsum. Isso tem atraído turistas de todo o Brasil, que procuram experimentar a gastronomia local.
O aumento do turismo na Colônia Witmarsum tem gerado benefícios para a economia local. Os restaurantes estão vendendo mais, os hotéis estão lotados e as lojas estão vendendo mais produtos típicos da região.
“O turismo é muito importante para a Colônia Witmarsum. Ele ajuda a movimentar a economia e a valorizar a cultura local”, afirma Chaves.
Produção
Produzidos desde 2002, eles integram a lista de 12 queijos finos produzidos no local. Antonio Alves Chaves, gerente comercial da cooperativa, conta que a receita é tradicional, trazida pelos primeiros imigrantes alemães.
“São dois queijos de extrema importância porque são receitas autorais, são receitas nossas, que surgiram depois de muita análise. E ter o IG é um reconhecimento do nosso trabalho, do carinho que colocamos em tudo o que fazemos”, afirma.
Ao todo, 38 cooperados fornecem o leite para a produção dos queijos. Segundo Chaves, mensalmente, a cooperativa produz cerca de 450 quilos dos dois tipos de queijos que têm IG.
“Trabalhamos com um leite diferenciado e chegamos num produto autoral de extrema qualidade. A quantidade produzida parece pouca, mas é assim que queremos. Crescer gradativamente e não perder um milímetro de qualidade, de carinho, de excelência. Muito em breve vamos crescer esta produção, mas entregando um queijo com a mesma qualidade de quando produzimos a primeira peça”, diz.
Atualmente, os queijos da Cooperativa Witmarsum estão presentes em todos os estados brasileiros e está nos planos do grupo começar a exportar seus produtos.
“A estratégia que traçamos há um ano era de tornar o nosso produto bem reconhecido no Paraná. Isso nós já conquistamos. A segunda etapa era de fazer nosso produto reconhecido no Brasil. E isso também já está acontecendo. Agora, a gente está na terceira fase: nos preparando, seja com rótulos, seja com embalagens e também juridicamente, para atender as leis internacionais. Assim, em 2024, queremos colocar nossos produtos na América do Norte e na Europa”, explica Chaves
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