Neste ano, as exportações brasileiras de soja e milho devem se aproximar das 160 milhões de toneladas. Para efeito de comparação, o número é o mesmo da produção dos dois grãos em 2013, ou seja, o crescimento da oleaginosa e do cereal nos últimos dez anos vem de encontro com as oportunidades comerciais.
De acordo com o diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, no acumulado entre janeiro e outubro, o país embarcou 92,8 milhões de toneladas de soja. “Em dez meses, já superamos o recorde de todo o ano de 2021, quando 86,1 milhões de toneladas da oleaginosa foram exportadas”.
Segundo ele, o Brasil deve superar em 2023 a marca de 100 milhões de toneladas de soja grão enviadas ao exterior. “Essa marca é reflexo de uma grande produção na safra 2022/23, que excedeu as 150 milhões de toneladas produzidas”.
Exportação de milho
Quanto ao milho, no acumulado entre janeiro e outubro foram exportadas 42,7 milhões de toneladas neste ano, quantidade que também se aproxima do recorde de todo o ano de 2022, quando 43,2 milhões de toneladas foram embarcadas.
“Seguramente, o Brasil deve chegar próximo a 55 milhões de toneladas exportadas no ano, lembrando que, com isso, o país se torna o maior exportador de milho do planeta, à frente dos Estados Unidos“.
De acordo com Ferreira, tudo indica que o Brasil deve conseguir sustentar essa posição de liderança ao longo dos anos. “Mas vai depender das condições climáticas no país e na aposta na segunda safra de milho”, avalia.
Ao considerar soja e milho, nos primeiros dez meses deste ano foram embarcadas 135,4 milhões de toneladas, índice 10,8% superior às 122,2 milhões de toneladas de todo o ano passado.
“Tanto em receita cambial quanto em volume, soja e milho são os dois principais produtos da pauta de exportação do agro brasileiro”, finaliza o diretor.