O El Niño está ficando cada vez mais forte, e as chances de atingir recorde no verão aumentaram, de acordo com a última atualização da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
Ainda segundo o NOAA, o fenômeno deve continuar até o outono no Brasil, com 62% de chance de persistir durante abril a junho de 2024.
Existe uma probabilidade de 35% de que o fenômeno se intensifique ainda mais e alcance um nível forte, caracterizado como um “Super El Niño”, durante o período de novembro a janeiro.
Esse cenário implicaria que as temperaturas da superfície do mar ultrapassariam o limiar de 3,6 graus acima da média. Desde 1950, houve registros de três super El Niños nos invernos de 2015-16, 1997-98 e 1982-83.
El Niño corresponde ao fenômeno de aquecimento anômalo das águas do oceano Pacífico. Ele ocorre a cada cinco ou sete anos; sua duração é de aproximadamente um ano e meio.
O fenômeno pode provocar mudanças climáticas extremas em todo o mundo, como secas, inundações e tempestades tropicais.
O El Niño atual está em curso desde setembro de 2023 e, de acordo com a NOAA, deve se tornar um dos mais fortes dos últimos anos.
Os meteorologistas da agência americana alertam que o fenômeno pode afetar as condições climáticas no Brasil, causando chuvas acima da média no Nordeste e Sul do país, e secas no Centro-Oeste e Sudeste.