ECONOMIA

BDM Express: Inflação nos EUA e cautela na véspera do feriado

O BDM Express é a versão resumida do BDM Morning Call, referência da pré-abertura do mercado financeiro há 20 anos.

BDM Express: Inflação nos EUA e cautela na véspera do feriado

A inflação do consumidor nos EUA (10h30) é o indicador do dia, que pode conduzir os mercados em NY e reforçar o otimismo com o fim do aperto dos juros, se vier uma surpresa positiva, como os investidores estão esperando. A previsão é de desaceleração do índice cheio para 3,3% (base anual) em outubro, de 3,7%. Já o núcleo deve repetir os números de setembro, com 0,30% na margem e 4,1% anualizado. Após os dados, mais quatro Fed boys têm a chance de validar ou corrigir as apostas.

Aqui, emendas do PT à LDO, propondo um déficit de até 1% para o ano que vem, não chegaram a assustar o mercado, já que partiram da ala mais radical do partido e não devem prosperar. Para Luís Otávio de Souza Leal (G5 Partners), as emendas de Lindbergh Farias não aumentam a preocupação com o tema.

Parte dos economistas acredita que Lula poderá atender ao pedido de Haddad de esperar até março, quando o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas indicará a necessidade ou não de um contingenciamento de gastos para cumprir o arcabouço fiscal.

O mercado se baseia, ainda, em declarações recentes de apoio de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco ao ministro da Fazenda, avaliando que o Congresso não está disposto a colocar sua digital na mudança da meta. Muito menos para déficit dessa magnitude.

As emendas são uma das alternativas para mudança da meta, mas, se acontecer a alteração (e isso depende de Lula), o mais provável é que o próprio relator do projeto de LDO altere o texto, a pedido do governo, como ele já deixou claro. E neste caso, não haverá espaço para aventuras. Rui Costa (Casa Civil) já disse que defende um déficit de no máximo 0,50% do PIB.

A indefinição da meta, no entanto, pede cautela na véspera do feriado, mesmo porque os mercados em NY funcionam amanhã e terão indicadores importantes, como vendas no varejo. A China também é destaque com produção industrial hoje à noite.

GLOBAL 2031 ESG – A Secretaria do Tesouro Nacional confirmou ontem à noite a emissão de US$ 2 bilhões em sua primeira operação com títulos sustentáveis em dólares no mercado internacional, com o menor spread em quase uma década. Com vencimento em 18/03/2031, a taxa de retorno ficou em 6,5% ao ano, correspondendo a um spread de 181,9 pontos-base acima da Treasury de referência, e cupom de juros de 6,25% ao ano. O pagamento será realizado em 18/3 e 18/9 de cada ano.

MAGALU – Em fato relevante, informou que foi considerada “improcedente” denúncia anônima de supostas práticas comerciais envolvendo operações de bonificações relativas a compras de fornecedores e distribuidores. As suspeitas foram comunicadas ao mercado e foram verificadas por Tozzini Freire Advogados e PricewaterhouseCoopers, que apurou “incorreções contábeis de bonificações em determinadas transações comerciais”.

MAIS AGENDA – Haddad faz participação virtual em evento do Citibank, às 11h30, e se reúne com Tebet e Esther Dweck, às 15h. Único indicador do dia aqui, o volume de serviços (9h) deve crescer 0,4% em setembro (mediana Broadcast). Nos balanços, Azul sai antes da abertura. Marisa, JHSF, Fertilizantes Heringer e Nubank vêm após o fechamento.

LÁ FORA – Os integrantes do Fed Philip Jefferson (7h30), Michael Barr (12h), Loretta Mester (13h) e Austan Goolsbee (14h45) participam de eventos nos EUA. Na zona do euro, tem a segunda leitura do PIB/3Tri (7h). A AIE publica o relatório mensal de petróleo (6h), um dia após a Opep ter puxado os preços.