O PPI nos EUA confirmou a desaceleração da inflação americana, reforçando as expectativas de que o juro não voltará a subir e o primeiro corte pode ser antecipado para maio. As bolsas em NY subiram resistindo a realizar lucros. ADRs brasileiros fecharam mistos, enquanto as altas do dólar e dos yields corrigiram a euforia da véspera.
Aqui, informações de bastidores já dão como certo que Lula atendeu a Haddad e vai esperar pelas votações no Congresso antes de mudar a meta. Segundo o noticiário, tudo indica que o presidente não vai orientar sua base para apresentar agora uma emenda à LDO. Só que Haddad teria um prazo menor do que queria, até março, quando sai o primeiro Relatório de Despesas e Receitas de 2024.
Se o apoio de Lira e Pacheco não for confirmado na aprovação das medidas que são prioridades no pacote de arrecadação, a mudança da meta pode ser decidida já no final desse ano, na votação do projeto de Orçamento, antes do recesso parlamentar.
Apesar do calendário apertado no Congresso, a Fazenda vai correr para aprovar neste ano a proposta que termina com o modelo atual de Juros sobre o Capital Próprio e que pode render cerca de R$ 10 bilhões para os cofres da União no ano que vem.
No pacote da Fazenda já parece perdida a batalha no projeto de desoneração da folha, que prorrogou o benefício para 17 setores da economia até 2027. Lula tem prazo até o próximo dia 23 para sancionar ou vetar a matéria e está sendo pressionado a não mexer no texto.
ACABOUUU – A inesperada queda de 0,5% da inflação ao produtor (PPI) nos EUA em outubro, contra previsão de +0,1%, reforçou a impressão deixada um dia antes pelo CPI de que o Fed encerrou o ciclo de aperto.
REINO UNIDO – A inflação ao consumidor (CPI) veio no menor nível em dois anos, em 4,6% em outubro, e levou os investidores a precificarem um primeiro corte de 25 pontos-base pelo BC inglês (BoE) em junho. Na zona do euro, o resultado da produção industrial em setembro (-1,1%) veio pior que o esperado (-0,8%). No Japão, o PIB/3Tri (-0,5%) frustrou a previsão de corte menor (-0,1%).
MASSA – Na Argentina, a decisão do governo de descongelar o câmbio e elevar a cotação oficial do dólar de 350 pesos argentinos para 353,05 pesos argentinos, segundo a imprensa, derrubou a moeda do país para 970/US$ (-4,86%).
ADRS NO FERIADO – O otimismo do cenário externo com a perspectiva do fim do aperto monetário pelo Fed impulsionou o principal fundo de índice (ETF) do Brasil negociado em NY: +0,66%, cotado a US$ 33,60. No setor financeiro, Itaú (+0,65%) e Bradesco (+0,81%) subiram. Já Vale caiu 0,59%, apesar de dados de atividade na China, divulgados no final da noite de 3ªF, terem acelerado o ritmo.
AGENDA – Diretores do BC participam hoje, no Rio, do primeiro dia das reuniões trimestrais com economistas do mercado. Entre os indicadores, o IBC-Br (9h) deve avançar 0,20% em setembro. Sai o IGP-10 de novembro (8h). À tarde (14h30), sai o fluxo cambial. Depois do fechamento, o PagSeguro solta seu balanço trimestral. Americanas promete entregar o balanço de 2022 hoje, depois de ter adiado a divulgação na última 3ªF. Lá fora, sai a produção industrial dos EUA em outubro (11h15) e ainda o auxílio-desemprego (10h30)