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BDM Express: Otimismo de RCN pode animar curva de juros

O BDM Express é a versão resumida do BDM Morning Call, referência da pré-abertura do mercado financeiro há 20 anos.

BDM Express: Otimismo de RCN pode animar curva de juros

Os indicadores nos EUA – auxílio-desemprego (10h30) e o sentimento do consumidor de Michigan, com as expectativas inflacionárias de um e de cinco anos (12h) – têm que vir bem ruins hoje para dar força à tentativa do Fed de baixar a bola do mercado, que manteve as projeções de mais nenhum aumento dos juros e do primeiro corte em maio (59%). O efeito da ata, um pouquinho mais ‘hawk’, como todo mundo já esperava, foi marginal e não fará diferença.

Aqui, uma informação nova pode animar a curva de juros. Em entrevista à TV Bloomberg, ontem à noite, Campos Neto deu sinais de que o BC pode avançar na queda da Selic. Se não foi bem isso, ele poderá corrigir a mensagem antes de o mercado abrir, em palestra às 8h, no café da manhã da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, no Senado.

Usando de um otimismo que não é usual, RCN citou a queda da inflação com pouco custo à atividade econômica para dizer que o Brasil teve “um bom ano”, o que os economistas chamam de “soft landing”. E o mais importante vem agora.

Segundo ele, “as taxas estão tão restritivas que podemos continuar o processo de redução, porque à medida que a inflação diminui, as taxas reais sobem, então temos espaço para reduzir as taxas e ainda estar no campo restritivo”.

Destacando as medidas no Congresso para a elevação das receitas, ele disse que “o que vemos agora é que o governo tem a disposição de perseguir a meta e isso, tentar fazer o melhor possível para equilibrar a trajetória da dívida, é o que é relevante”.

Campos Neto também mostrou confiança ao falar do câmbio, afirmando que está “comportado”, porque o Brasil está se saindo bem em diversas frentes, na condução da política monetária e nas contas externas, que estão “bem, comparadas aos países avançados”.

PETROBRAS – Lula voltará a se reunir hoje com Jean Paul Prates (17h). O encontro desta 3ªF causou apreensão no mercado e nova queda das ações de Petrobras. Declarações dadas à saída da conversa não convenceram o investidor. Prates negou que tenha sido discutida a política de preços. Também Haddad afirmou que foi discutido [apenas] o plano de investimentos da estatal.

TUDO ADIADO – Ficou para hoje a votação do projeto de lei de taxação das offshores e dos fundos exclusivos na CAE do Senado, após um pedido de vista, assim como a apreciação da proposta das apostas esportivas. Já o relator Danilo Forte (LDO) previu que a votação de seu parecer na CMO só ocorrerá na semana que vem.

MAIS AGENDA – Haddad participa, às 10h, de mesa de debates em evento da Secretaria de Política Econômica (SPE). Simone Tebet estará à tarde (15h) em fórum sobre desenvolvimento regional em Brasília. Às 9h, o IBGE divulga a Pnad contínua. Às 14h30, sai o relatório bimestral de receitas e despesas.

NOS EUA – Às vésperas da reunião da Opep+, no final de semana, saem os estoques de petróleo do DoE (12h30) e os dados da Baker Hughes (15h). Pela manhã (10h30), as encomendas de bens duráveis têm previsão de queda de 3,2% em outubro.