Pela primeira vez desde 2015, o número de bovinos confinados no Brasil permanece estável, de acordo com o nono senso de confinamento realizado pela dsm-firmenich em parceria com o Cepea. Os dados revelam que, em 2023, foram confinados 7,03 milhões de animais, apresentando uma leve queda de 0,33% em relação ao ano anterior.
O gerente técnico nacional de confinamento da dsm, Hugo Cunha, explicou que, ao longo dos oito anos do censo, houve um crescimento médio anual de 6%, totalizando um aumento de 48% no volume de bois confinados no país. No entanto, em 2023, três fatores principais influenciaram a estabilidade e a leve redução no número de animais confinados.
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Cunha apontou o carregamento de uma reposição de custo elevado, considerando que o boi magro e o bezerro foram adquiridos a preços mais altos no ciclo anterior, impactando quase 70% do custo total do confinamento. Além disso, o custo alimentar elevado no primeiro semestre, combinado com a redução significativa no preço do arroba do boi gordo, que chegou a ultrapassar 20% em algumas regiões, contribuíram para uma margem negativa no confinamento em 2023.
Apesar desse cenário, Cunha reafirmou a importância do confinamento na pecuária brasileira, destacando que 25% dos animais abatidos no país já provêm dessa prática. Ele ressaltou a continuidade do crescimento do confinamento, mesmo com variações pontuais devido a fatores mercadológicos. A intensificação da pecuária e a redução das áreas de pastagem fazem do confinamento uma prática essencial para manter a produção de carne no Brasil.
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