Algumas doenças descritas são pouco comuns e de difícil diagnóstico, enquanto outras são disseminadas e representam grande obstáculo à criação desses animais no Brasil. As principais medidas preventivas são bem analisadas, bem como questões ligadas ao conforto e bem-estar animal.
O relacionamento entre tratadores e animais deve ser tranqüilo para evitar o estresse que predispõe os animais a muitas doenças. As instalações devem ser bem arejadas, sem correntes de vento, com baixa variação de temperatura, sem radiação solar direta, sem poeira excessiva e com rotina de limpeza. É essencial a disposição de cochos e de bebedouros fora da baia ou o posicionamento adequado, que deve impedir que os animais subam e defequem nesses recipientes.
Importância econômica
A ovinocultura tem apresentado crescimento significativo nos últimos anos, principalmente no Estado de São Paulo. O consumo da carne ovina no Brasil é baixo, de apenas 700g per capita/ano, mas vem crescendo e tem espaço para se expandir mais ainda. No Rio Grande do Sul, na região da Campanha, é superior a 15kg per capita/ano.
É dentro deste panorama que a ovinocultura necessita de investimento científico maciço, visando não só ao crescimento da atividade, mas também a sua sustentabilidade. São necessárias pesquisas que busquem tecnologias mais adequadas à Região Sudeste.
As Regiões Sul e Nordeste detêm mais conhecimento técnico, devido à importância econômica da atividade. O rebanho nacional de ovinos é superior a 15 milhões de animais, sendo que 56% está no Nordeste e 32% no Sul. Nos últimos anos a produção de carne de ovinos cresceu em todo o País e o Sudeste ? que tem cerca de 5% do rebanho – representou o maior avanço relativo dentre os principais tipos de carnes comercializadas.
Dentre as raças de corte criadas no Brasil, a raça Santa Inês, criada no Nordeste, tem sido utilizada no cruzamento com reprodutores de raças com maior aptidão para a produção de carne, como a Dorper, a Texel, a Suffolk e a Île de France, estas desenvolvidas no Rio Grande do Sul.