No cenário crescente de ataques cibernéticos, o agronegócio surge como alvo frequente, sendo responsável por 10% dos ataques de ransomware no Brasil em 2023, de acordo com o relatório semestral da Apura Cyber Intelligence S/A. O setor, que movimenta volumes financeiros significativos, torna-se atrativo para os cibercriminosos.
O agronegócio, abrangendo desde a produção agropecuária até a comercialização de produtos agrícolas, experimentou um crescimento de 18,8% no primeiro trimestre de 2023, ultrapassando as previsões do Ipea. A revisão das estimativas de produção de soja e o desempenho positivo na produção de bovinos contribuíram para esse avanço.
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A complexidade tecnológica que impulsiona o agronegócio também cria vulnerabilidades exploradas pelos cibercriminosos. Ataques mais conhecidos incluem o ransomware à Dole Food, prejudicando a distribuição nos EUA, com prejuízos estimados em 10 milhões de dólares. Em Israel, sistemas de irrigação automatizados foram alvo em abril de 2023, exigindo irrigação manual.
“A descentralização das organizações agrícolas contribui para sua vulnerabilidade. Pequenos e médios produtores, com recursos limitados para segurança digital, tornam-se alvos fáceis”, alerta Sandro Suffert, CEO da Apura.
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Diante desse cenário, a conscientização e a segurança cibernética tornam-se essenciais. Investimentos em tecnologia robusta, infraestrutura e treinamentos para os profissionais do setor são essenciais. Órgãos e entidades relacionadas ao agronegócio devem promover informações sobre os riscos cibernéticos.
“É imprescindível que o agro esteja preparado para enfrentar os riscos cibernéticos, minimizando impactos e preservando seus dados. Somente com uma postura proativa, a indústria poderá preservar seu crescimento sustentável”, destaca o especialista.
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